quarta-feira, 28 de outubro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

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Como no cinema a coleção se constrói através de disjunções temporais o presente deve desdobra-se a cada instante em futuro e passado. Espaço e tempo relacionam ante a ação do corpo. Corpo, este, social, construído através de sucessivas internalizações de especificas imagens externas. Não só a vestimenta como a performance torna-se aqui um ponto importante, como na dança-teatro de Pina Bausch, a repetição de gestos, palavras, experiências pode ser definida como a consciência do corpo quanto a sua própria história – que esta sempre em constante transformação...


[fragmento do release]

[gravação da trilha - 09/10/2009]

[storyboard]


Era com ele que vinham os ventos a conversar

Sentava-se o velho sobre uma pedra nos fundos do quintal

E vinham as pombas e vinham as moscas a conversar.

Saía do fundo do quintal pra dentro da casa

E vinham os gatos a conversar com ele...

[Manoel de Barros em seu livro Fazedor de amanhecer]

Os olhos do meu avô eram verdes. Verdes metálico com cílios compridos. Sábio marceneiro. Via longe entre fumaça do pito de palha. Entre cafés e palavrões sentado no quintal filosofava e sobrevivia. Galopava bicicleta e levantava-se em frutas e folhas. Guimarães Rosa conheceu Manoel de Barros. Mas não conheceu o meu poeta. Saudades do meu avô. Nossa casa foi feita de costas para o rio. Formigas recortam roseiras da avó. Todas as coisas deste lugar já estão comprometidas com aves. Ainda bem que tive tempo pra ter saudade do meu avô.